Veja a reportagem na íntrega pelo site: http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=104
[ ANÁLISE]
A favela tem um papel fundamental na cultura da cidade. Muito do que começou lá se replicou na formação de outras favelas, seja do ponto de vista arquitetônico, quanto na forma de ocupação, além de aspectos comuns nos movimentos de resistência às remoções.
O tombamento de espaços como terreiros de candomblé, sítios remanescentes de quilombos, vilas operárias, edificações típicas de migrantes e outros dessa ordem, isto é, ligados ao modo de vida (moradia, trabalho, religião) de grupos sociais e/ou etnicamente diferenciados – já não causa muita estranheza: apesar de ainda pouco comum, a inclusão de itens como esses na lista do patrimônio cultural oficial mostra a presença de outros valores que ampliam os critérios tradicionais imperantes nos órgãos de preservação.
Hoje muitos partem de uma visão típica da classe média, que é a de subir a favela para ensinar. Mas o que podemos perceber é que a favela tem muito mais a nos ensinar.
[ PROPOSTA]
Criação de um projeto de um museu, onde as favelas possam construir a sua história, através da cultura material e imaterial. Esse museu seria um espaço de socialização dentro da comunidade, onde os moradores poderão conhecer a sua própria história. Esta é uma oportunidade para encontros, para avaliações, para seminários, para debates sobre problemas comuns. Este projeto visa a aproximação da comunidade, com a sociedade, com a mídia, para lançar sua mensagem.