terça-feira, 18 de setembro de 2007

[ PO1] O CENTRO EM DISPUTA

Uma questão freqüente nos programas de requalificação/reocupação dos centros urbanos é como tratar a população que habita essas áreas. Será possível tratar o problema de forma justa?...

Veja a reportagem na íntrega pelo site: http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=105
[ ANÁLISE ]

O conhecimento e a valorização dos bens culturais contribuem com o despertar da cidadania e com a noção de que expressam a história e a tradição local e regional, por isso, acredito que o patrimônio aguça o sentimento de pertencimento. Sua revitalização é uma alternativa para o desenvolvimento que viabiliza a inserção social da comunidade. Representa, ainda, um caminho para a dinamização do turismo.
É preciso aprender a olhar para o patrimônio como um bem que representa identidade e que mostra o valor de uma cultura.
O crescimento desordenado das cidades, a especulação imobiliária, as mudanças dos comportamentos, os novos valores e estilos de vida podem gerar impactos irreversíveis nos patrimônios, pois são fatores resultantes da vida capitalista da sociedade globalizada. Por outro lado, a revitalização é o movimento contrário, pois indica a retomada das discussões sobre preservação, conservação e restauração do patrimônio e, essencialmente, a preocupação com espaços e manifestações que permitem o olhar, a convivência, o conhecimento e a interação com valores, histórias, símbolos e manifestações. Apesar de hoje estarmos em busca do conforto da tecnologia reconhecemos, cada vez mais, a necessidade de manutenção do patrimônio como elemento de identidade, de herança cultural, de referência sobre um passado que precisa estar vivo, para servir de equilíbrio perante a vida moderna.
Mas é importante ressaltar que, tornar estes lugares cenários sem vínculos com a comunidade, servindo de bens de consumo ou lugares em que o setor privado se beneficia com os lucros e a comunidade transforma-se, unicamente, em uma referência da cultura, não é a melhor forma.
[ PROPOSTA]
É necessário ampliar o senso de cidadania e viabilizar o seu uso de forma adequada para que possa ser um fator de conhecimento, formação, interação, geração de renda, emprego. Ou seja, deve-se criar projetos para que haja interação entre a população que vive na localidade, os turistas, e o ambiente revitalizado